A FAMÍLIA E A EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Uma visão abrangente da importância da participação dos pais no processo educativo.
AS FUNÇÕES DA FAMÍLIA
As atividades e as relações que ocorrem no seio familiar estão voltadas para a satisfação de importantes necessidades de seus membros, não como indivíduos isolados, mas em estreita dependência, tendo em vista o legado histórico-social presente na cultura.
Para Alegret (1996) o conceito família é entendido como o grupo humano primário mais importante da vida do homem.
Ainda o citado autor considera o conceito de função familiar como sendo a inter relação e a transformação real que ocorre no seio da família através de suas relações ou atividades sociais.
É importante observar algumas dicas básicas (existem outras mais) para participar de forma positiva na educação dos filhos.
Desenvolver a auto-estima. Saber ouvir os filhos é uma atitude sábia. Os pais devem falar abertamente com seus filhos. Respeitar seus pontos de vistas e elogiá-los no momento e local adequados proporcionam a auto-confiança e eles sentir-se-ão estimados. Concomitantemente, devem ser repreendidos sempre que as circunstâncias assim os exigirem.
Incentivá-los a compartilhar com vocês de momentos alegres e tristes, nas conquistas, nas dificuldades, na resolução de problemas e também nas derrotas. Desta forma não pensarão que a vida é um mar de rosas. Afinal, no decorrer de suas vidas irão se defrontar com obstáculos de toda sorte e que deverão estar preparados para transpô-los. Incluir os filhos nas discussões familiares: os filhos de hoje serão os pais de amanhã; isto significa que quando adultos terão mais responsabilidades a assumir, dependendo da função ou cargo que irão desempenhar. Se começarem desde cedo entender que isto faz parte da nossa vida, menos dificuldades terão quando adultos.
Seja um modelo positivo para seus filhos, para que se sintam orgulhosos dos pais que têm. Procure mostrá-los desde cedo a diferença entre o bem e o mal. Apesar de ser muitas vezes difícil de captá-los em sua essência, más é possível estabelecer um arcabouço do que seja positivo ou negativo em nossa sociedade, considerando as rápidas e significativas transformações culturais, sociais e econômicas pelas quais vem passando nossa sociedade nestes últimos tempos.
Dizer aos filhos que é normal cometer erros. Desde que possam tirar exemplos positivos dos mesmos. Ou seja, aprender com os erros. Tente entender o ponto de vista do seu filho. Recorde-se de como você se sentia quando tinha a idade dele. Além dessa grande diferença, as transformações por que passam as pessoas atualmente fazem com que não tenhamos condições e tempo suficientes para entender e refletir satisfatoriamente sobre a verdadeira essência da mensagem que está sendo enviada ou recebida. Ou seja, o ato de digerir a mensagem e absorver seus “nutrientes” não é tarefa nada fácil.
Outro aspecto importante, principalmente na era da informática, é o fato de que os filhos vejam os pais lendo bons jornais, revistas e livros ou fazendo uso de instrumentos educacionais e/ou informativos que possam contribuir de forma eficaz para o desenvolvimento afetivo-cognitivo da criança.
Quando possível levar as crianças aos museus, bibliotecas e a eventos culturais e educativos. Estar em contato com estes eventos e com outras pessoas que compartem estes espaços e momentos é muito importante para ampliar a visão da realidade que nos circunda. Mostrar-se interessado pelas atividades escolares de seu filho, proporcionando ajuda quando for necessário. Ajuda, neste caso, não deve ser entendida como “fazer o dever” para o filhos. Este é um fato interessante porque muitos pais querem demonstrar que o filho sabe fazer a tarefa e, diante da primeira dificuldade, o responsável, por pena, se transforma no aluno. Temos que pensar quando o filho estiver maior e se deparar com uma situação em que não há ninguém por perto para dar uma “ajudinha”, ele mesmo deverá ter condições emocionais e de conhecimento para resolver o problema.
Quando for à escola, solicitar informações(relatórios) sobre o filho. Caso esteja ocorrendo algo um pouco mais sério, não hesitar em conversar abertamente com ele ou ela e tentar resolver o problema. Caso não consiga, solicite ajuda da escola ou em último caso de um especialista no assunto. A criança vai perceber que não está desamparada.
Zenobio Eloy Fardin
- Artigo este que pode ser lido na íntegra no endereço:
http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=129&class=21
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