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sábado, 4 de setembro de 2010

Cidadania cristã, antídoto à má política




Cidadania cristã, antídoto à má política


Às vésperas de qualquer eleição, uma palavra que sempre vem à tona e está na boca da maioria dos candidatos a cargos é cidadania. A cidadania pressupõe participação ativa e não apenas reativa ou passiva diante da sociedade em que se vive.
A cidadania não se resume ao envolvimento com questões partidárias; consiste em não se omitir diante da participação que pode alterar ou redefinir os rumos da vida ao próprio redor, seja na cidade, no estado ou no país. E esta cidadania tem base na Bíblia. Ou seja, cristãos devem saber que podem participar da sociedade ao seu redor e fazer a diferença.
Deus criou as pessoas e as colocou em um contexto social. Permitiu que se organizassem em grupos, núcleos, famílias e, por fim, cidades, estados nações e regiões continentais. E toda esta movimentação envolve leis, normas, regulamentos, diretrizes e liderança. Esta ideia está permeada em toda a Bíblia, especialmente perceptível na peregrinação do povo de Israel sob comando de Moisés e seus sucessores. A sociedade sem governo, sem direcionamento, sem uma “cabeça” de coordenação não fazia parte dos planos divinos. Bem verdade que nem sempre Israel possuiu um rei, mas havia líderes que, sob estrita orientação divina, conduziram o povo em relação aos aspectos civil, militar e religioso.
Cristãos têm compromissos éticos e morais – Em Mateus 5:14, é dito que “vós sóis a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte” (Almeida Edição Contemporânea). Honestidade, bondade e humildade no trabalho, nos estudos e na vida particular, motivados por amor a Deus, são fortes argumentos a favor da cidadania cristã. Se um cristão revelar, em seu estilo de vida, os princípios pregados por Jesus Cristo e sintetizados em trechos como o sermão do monte, dará uma relevante contribuição para uma sociedade melhor. O exemplo aliado ao discurso tem força. A ética cristã, se vista de forma pragmática, fala muito mais do que palavras. Se existem políticos corruptos que ocupam cargos importantes é porque grande parte das pessoas os escolheu. Os líderes refletem, muitas vezes, seus liderados e as respectivas escolhas feitas. Daniel e José, personagens bíblicos que não foram eleitos por voto, mas se tornaram influentes na atmosfera política do Egito e da Babilônia antigos, são boas referências. Trabalharam, a despeito das adversidades encontradas como o paganismo, a sensualidade barata e a ganância dos imperadores, com foco e se tornarem boas influências. Egito e Babilônia tiveram êxito no período em que os dois administradores cristãos estiveram à frente dos negócios reais. E, acima de tudo, suas realizações foram marcadas por uma decidida dependência de Deus, apego aos princípios e sem prejuízo ou ataque aos inimigos.
Cristãos devem votar em candidatos com princípios – Em obediência às leis, os cristãos, bem como as demais pessoas de outras crenças ou mesmo as que se consideram sem crenças, são obrigados a votar no Brasil. O respeito às autoridades constituídas é bíblico (Romanos 13: 1,2), desde que estas não se coloquem contra princípios de Deus. Isso, no entanto, não exime os cidadãos cristãos de votarem com consciência social e espiritual.
Finalmente, os cristãos têm um importante papel a desempenhar neste mundo sob o ponto de vista de melhoria da sociedade na saúde, meio ambiente, segurança, educação, família e liberdades de expressão, culto, etc. São áreas em que os políticos profissionais cansam de prometer melhorias, mas que se percebe pouco avanço. Com exemplo prático de vida, voto consciente (não vendido ou cedido por interesses mesquinhos e pessoais) e envolvimento em causas humanitárias, os cristãos podem ajudar a diminuir o sofrimento deste mundo. Evidentemente, para quem lê a Bíblia com mais profundidade, sabe que o destino final deste planeta está na volta de Jesus Cristo e não no êxito dos governos deste século. Claro é o texto do apóstolo Paulo, na carta ao jovem pastor Tito, no capítulo 2 e versículos 11 a 13. Ali está escrito que “pois a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens. Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas, para que vivamos neste presente século sóbria, justa e piedosamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Almeida Edição Contemporânea).

Felipe Lemos, jornalista adventista
Veja o texto na íntegra em: http://novotempo.com/noticias/2010/09/03/cidadania-crista-antidoto-a-ma-politica/

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